Bico de papagaio em cachorros: como e por que se formam? Conheça as causas e métodos de tratamento para combater o bico de papagaio em cachorros com eficiência.
Caracterizado como uma doença muito comum em cães idosos e obesos, o bico de papagaio pode trazer inúmeros problemas à saúde do seu animal de estimação. Ficou popularmente chamada de “bico de papagaio”, pois forma uma curvatura na coluna dos animais, aparentando um bico curvo de perfil.
O que é o bico de papagaio em cachorros?
É uma doença degenerativa e proliferativa da coluna vertebral. Se caracteriza pela presença de osteófitos (neoformações ósseas) entre as vértebras que resultam na formação de pontes ósseas entre os corpos vertebrais.
A doença costuma atingir vértebras torácicas, lombares e lombo-sacrais dos animais, incluindo humanos. Trata-se de uma condição que merece atenção, pois pode afetar e muito a qualidade de vida dos pets.
Sinais clínicos dos Osteófitos (Bico de papagaio)
Nem sempre é fácil identificar essa alteração, pois os sinais clínicos podem não ser exatamente claros em uma primeira análise. É importante sempre observar o comportamento do seu cão, se está brincando com naturalidade, se senta sempre da mesma maneira e não sente dores ou muda a postura durante as brincadeiras rotineiras.
Além disso, fique atento aos seguintes sintomas:
- Apatia;
- Dor ao ter a região da coluna apalpada;
- Dificuldade para levantar quando está deitado;
- Dificuldade de locomoção, principalmente ao tentar correr.
Se notar qualquer diferença no comportamento ou na postura do seu pet, procure um veterinário especialista imediatamente.
Como é o diagnóstico de bico de papagaio em cachorro?
O diagnóstico dessa doença vertebral em cães pode se utilizar de ferramentas como a ressonância magnética, tomografia computadorizada e Raio-x digital da coluna vertebral, que permite a detecção de luxações, fraturas, anormalidades ósseas e alterações degenerativas, como é o caso do bico de papagaio.
Os exames mais comuns são feitos através do raio-x, ventro-dorsal e outro lateral. Com o objetivo de observar com mais exatidão as condições e a formação das pontes ósseas, assim estimando qual a real condição do pet, o grau de severidade e quais as atitudes mais eficientes para combater o avanço dessa doença.
Como tratar o bico de papagaio em cachorros?
O tratamento envolve a utilização de medicamentos (anti-inflamatórios e analgésicos), repouso e aplicação de técnicas complementares de reabilitação veterinária.
A acupuntura veterinária, por exemplo, é um dos métodos mais utilizados, podendo atuar tanto na liberação de endorfina para controle da dor, como no auxílio da reabilitação das funções perdidas após o avanço da doença degenerativa.
Casos mais sérios de dor ou compressão de nervos, a cirurgia é indicada. A administração de analgésicos também será prescrita na busca por maior alívio dos sintomas. É importante ressaltar que a cirurgia apresenta maiores riscos associados, principalmente para cães idosos (principal grupo acometido), pois podem não responder bem à anestesia.
Em qualquer um dos métodos, seja cirúrgico ou conservador, a fisioterapia veterinária cumpre papel fundamental em todas as fases de reabilitação.
Inicialmente pode auxiliar na analgesia com o uso da eletroterapia com TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) e FES (para fortalecimento), além de laserterapia como forma de controle da inflamação.
Quando o cão apresenta visível evolução na diminuição das dores e inflamação, começam os exercícios ativos e assistidos. O objetivo é restabelecer o caminhar natural por meio da estipulação de um programa de reabilitação da coordenação e ganho de massa muscular. Para tal, utiliza-se da cinesioterapia (uso de pranchas, pistas proprioceptivas e caminhadas assistidas) que incentivam a superação de obstáculos e limitações.
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