A artrose canina é caracterizada como uma doença degenerativa das articulações, sendo a causa de dor crônica. Ele atinge, em sua maioria, cães idosos, mas existe outro fator de risco que vem levando essa doença à atingir cães mais novos ano após ano: a obesidade.
O desgaste da cartilagem que cobre o interior das articulações e dos ossos gera perda de elasticidade que, por sua vez, gera dor e impede a mobilidade normal do pet. A artrose canina deve ser tratada de maneira imediata e o diagnóstico precoce é determinante para manter a qualidade de vida do animal.
O que é a artrose em cães?
A artrose é caracterizada pela degradação lenta e progressiva da cartilagem que cobre o interior das articulações e ossos, geralmente causada por algum trauma ou micro trauma (desgaste anormal da articulação).
Chamada também de osteoartrose, a artrose canina pode variar de definição, desde primária a secundária, e resultar em significativa diminuição da qualidade de vida do animal. Não à toa, é uma das complicações ortopédicas mais tratadas nas clínicas de reabilitação veterinária.
1 – Osteoartrose primária: trata-se da degeneração da cartilagem normalmente encontrada em animais idosos pelo desgaste por uso natural das articulações ao longo da vida. Além dos cães idosos, animais de “alta performance” ou cães de trabalho também fazem parte dos principais pacientes de osteoartrose nas clínicas de recuperação;
2 – Osteoartrose secundária: são artroses que se desenvolvem de forma secundária a partir de outras condições anormais ao funcionamento fisiológico da articulação. Na maioria dos casos, é causada por alterações na conformação anatômica ou incongruências ósseas que afetam a articulação em si, ou até de estruturas secundárias a ela, como músculos, tendões e ligamentos.
Quais são as principais causas da artrose canina?
Apesar de ser considerada uma doença comum nos cães, alguns fatores fazem com que a artrose seja adquirida com mais facilidade. Vejamos:
Sobrepeso: a obesidade canina faz com que as articulações tenham que suportar mais peso do que deveriam.
Idade: a partir dos 8 anos é normal que as articulações e ossos comecem a se desgastar, estimulando o aparecimento da patologia.
Genética: algumas raças têm mais predisposição a sofrer dessa doença, como o Pastor Alemão;
Operações na articulações: quando submetidos a cirurgia nas articulações, os pets podem desenvolver a artrose mais facilmente quando chegam à velhice;
Porte grande: quanto maior o peso do pet, maior é o trabalho que as articulações possuem para segurar o animal, facilitando o aparecimento de problemas como a artrose;
Convívio com piso escorregadio: quando o cão vive em piso escorregadio como porcelanato e madeira, ele tende a ter maiores lesões articulares.
Como é feito o diagnóstico da artrose canina?
É muito complicado saber se um cão sente dor ou não, principalmente porque eles tendem a deslocar o peso de uma articulação doente para uma saudável, evitando fazer pressão sobre a primeira. Por isso, o diagnóstico nem sempre é tão fácil de ser feito.
Em muitos casos, os pets desenvolvem técnicas para evitar a dor. Mas, na medida em que a doença avança e deteriora a articulação e dependendo do grau de degeneração arterial, o pet irá evitar qualquer movimento que cause dor.
De maneira geral, os cães com artrose costumam apresentar:
- Dificuldade em se levantar ou sentar, fazendo isso sempre lentamente, posicionando-se de forma pouco usual;
- Se movem de forma lenta, mostrando resistência para passear;
- Inapetência;
- Agressividade, nervosismo, estresse ou insônia, não pode ser tocado nas áreas afetadas.
Como tratar cachorro com artrose?
A artrose em cachorro não tem cura, entretanto, quando tratado de forma assertiva é possível deter o processo de deterioração das articulações, evitando que ela continue avançando.
De maneira geral, a artrose é tratada à base de anti-inflamatórios que melhoram consideravelmente a qualidade de vida dos pets que sofrem com essa doença, pois, permitem que retomem a mobilidade das articulações afetadas diminuindo os estímulos dolorosos.
Em casos muito graves, recorre-se à intervenção cirúrgica com o intuito de eliminar os osteófitos (proliferação óssea anormal) que obstruem as articulações.
Os objetivos do tratamento, em geral, são de diminuir a dor, manter a função e amplitude de movimentos articulares e estabelecer atividades físicas normais para a manutenção da qualidade de vida dos pets. Para isso, é possível adotar diferentes estratégias (a depender de cada caso), como:
O tratamento não cirúrgico através uso de agentes físicos e técnicas de reabilitação via fisioterapia veterinária, em união com a hidroterapia veterinária (uso de esteiras aquáticas), promovendo exercícios controlados de baixo impacto em uma esteira submersa, evitando o contato com o solo duro sem perder os benefícios do fortalecimento e aumento da amplitude de movimentos resultantes da prática de exercícios de movimentação.
O tratamento medicamentoso com o objetivo de aumentar o bem estar e combater a dor através de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Com condroprotetores (medicamentos compostos por substâncias encontradas nas articulações) visando o auxílio na produção de componentes presentes na cartilagem comprometida, reduzindo a destruição da mesma e impedindo mais deformações articulares.
5 – Conheça mais das terapias para tratar a artrose canina
A combinação de um bom programa medicamentoso que combata a inflamação em conjunto com diferentes técnicas de reabilitação são fundamentais para obter os melhores resultados.
Entenda a importância das técnicas de reabilitação:
Eletroterapia: se utiliza de correntes elétricas para o tratamento de dores, aliviando seus efeitos e ajudando no fortalecimento dos músculos de pets que perderam massa muscular. Pode ser feita por meio de TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea), seja ela convencional ou burst (com liberação de endorfinas endógenas), ou por NMES (estimulação elétrica neuromuscular).
Cinesioterapia: a técnica se utiliza de bolas, pistas de obstáculos e pranchas de equilíbrio que auxiliam na realização de movimentos, de diferentes exercícios terapêuticos e alongamentos que auxiliam na reabilitação animal.
Hidroterapia: a hidroterapia veterinária promove diversos efeitos positivos na vida dos pets, tanto fisiológicos como psicológicos. A redução do peso do animal e, consequentemente, no impacto de cada movimento fornece mais confiança, relaxamento muscular, aumento da circulação, mobilidade e fortalecimento muscular. É caracterizada por sua pressão hidrostática e empuxo, que auxiliam na realização dos exercícios, assim como a flutuabilidade que diminui a sobrecarga sobre as articulações.
Shock-Wave: é um método não invasivo que usa ondas de choque para estimular a regeneração de áreas afetadas, acelerando a cura e, ao mesmo tempo, agindo para a diminuição da dor.
A importância do tratamento da obesidade em cães obesos com artrose
O controle da obesidade também é fator primordial para combater o avanço da degeneração que ocorre em função da osteoartrose. Dentre os principais benefícios estão:
- Melhores resultados radiográficos e clínicos após perda de peso em pets com sobrepeso e osteoartrose do quadril;
- Menor progressão da osteoartrose em cães com redução de 25% de seu peso corpóreo;
- Cães com displasia que tiveram redução de 11 a 18% do peso corporal tiveram melhora considerável na deambulação.
A associação da hidroterapia e reeducação alimentar como forma de controle de peso e combate ao progresso da osteoartrose mostraram resultados expressivos. A esteira aquática influencia positivamente quando utilizada como atividade física em um programa de emagrecimento de cães obesos.
Nesse prisma, os exercícios são fundamentais, pois:
- Inibem a queda do metabolismo causado pela restrição calórica;
- Previnem a perda de massa magra;
- Reduzem a dor e espasmos musculares;
- O fortalecimento muscular fazem as articulações se tornarem mais estáveis.
Para tal, é essencial que os tutores se conscientizem da necessidade, que seja prescrito a quantidade e frequência exata da ração redutora de peso e que os exercícios sejam controlados (de preferência via esteira aquática).
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